Demissões em massa e substituição por AI marcam nova fase da Amazon
A Amazon Game Studios, braço de desenvolvimento de jogos da Amazon, confirmou nesta quarta-feira (29/10) que o popular MMORPG “New World: Aeternum” não receberá mais atualizações de conteúdo que ampliem seu universo. A decisão está diretamente ligada às demissões em massa ocorridas recentemente dentro da Amazon, que afetaram cerca de 14 mil funcionários, com relatos que os números cheguem à 30 mil pessoas desligadas até o final de 2026.
“New World: Aeternum” chegou à sua 10ª temporada com a expansão “Nighthaven”, agora oficialmente reconhecida como a última grande atualização do título. Em comunicado, os desenvolvedores tentaram tranquilizar a comunidade afirmando que os servidores permanecerão ativos até 2026 e que correções de erros continuarão sendo implementadas ao longo da vida ativa do jogo. O futuro após a data é incerto.
Lançado originalmente em 2021 para PCs, “New World” foi anunciado como um MMORPG de nova geração, prometendo gráficos de ponta, ambientação sombria e mecânicas inovadoras. O enredo transporta os jogadores para a ilha misteriosa de Aeternum, inspirada no período de colonização das Américas no século XVII, onde o desconhecido e o sobrenatural moldam cada desafio.
A principal razão das demissões se deve ao novo foco da Amazon em utilizar e expandir o uso de inteligência artificial para “desburocratizar e agilizar” funções. De acordo com a vice-presidente sênior de Experiência de Pessoas e Tecnologia da Amazon, Beth Galetti: “Esta geração de IA é a tecnologia mais transformadora que vimos desde a Internet, e está permitindo que as empresas inovem muito mais rápido do que nunca”.
Apesar das dificuldades iniciais, o título enfrentou uma concorrência acirrada com franquias consolidadas como “Final Fantasy XIV” e “World of Warcraft”, mantendo uma base fiel de adeptos ao longo dos 4 anos desde seu lançamento. Jogadores de “New World: Aeternum” expressaram uma reação mista diante a decisão da Amazon, no X (antigo Twitter), diversos players postaram histórias das aventuras que tiveram dentro do jogo, enquanto outros atacam a empresa pela atitude de popularizar o título e, logo em seguida, cortar funcionários afim de aumentar os lucros.
Apesar do fim de “New World: Aeternum” ser algo trágico para a comunidade geral de games, o título serve de lição ao mercado e ao fãs, onde mundos incríveis e gigantescos podem ser encerrados de um momento para outro quando grandes corporações puxam as cordas e mudam o foco de desenvolvimento.
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Apreciador de boas histórias, filmes e games. Repórter no portal Gazeta Culturismo.
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