Casos de coqueluche aumentam em Goiás e especialistas alertam sobre vacinação

Dados da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás revelam um crescimento expressivo dos casos

Casos de coqueluche aumentam em Goiás (Foto: Pixabay)

O avanço da coqueluche tem preocupado especialistas da saúde, especialmente em crianças, o grupo mais vulnerável à doença respiratória altamente contagiosa. Dados da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás revelam um crescimento expressivo dos casos. Em 2024, foram registradas 170 notificações, com 61 confirmações. Somente em janeiro de 2025, o estado já contabiliza nove novos casos suspeitos e cinco positivos.

O aumento dos diagnósticos acende um alerta devido às complicações graves que a doença pode causar, especialmente em bebês e crianças pequenas. Tosse intensa, crises de falta de ar e risco de internação em UTI estão entre as principais consequências da infecção pelo agente causador, a bactéria Bordetella pertussis.

Vacinação para coqueluche: prevenção eficaz, mas abaixo do ideal em Goiás

Mesmo com a vacina DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche) disponível gratuitamente na rede pública, a cobertura vacinal segue abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde, que estabelece o patamar ideal de 95% de imunização. Em Aparecida de Goiânia (GO), a taxa de vacinação chegou a 88% – um avanço em relação a 2022, quando era de apenas 48%, mas ainda insuficiente. Em Goiânia, a cobertura está em 83%.

O pediatra Pedro Conelian, do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), destaca o perigo da baixa imunização. “Quando a vacinação não atinge uma cobertura adequada, a bactéria circula com mais facilidade, aumentando o risco de surtos. A vacina de coqueluche é segura e eficaz, mas sua proteção só funciona quando todos os grupos estão imunizados”, explica o especialista.

O que é a coqueluche?

A coqueluche é uma infecção bacteriana que provoca tosse severa e persistente, muitas vezes acompanhada de dificuldade respiratória. Nos casos mais graves, pode levar a complicações sérias, exigindo internamento em unidades de terapia intensiva (UTI).

A doença pode afetar pessoas de todas as idades, mas os bebês, que ainda não completaram o esquema vacinal, são os mais vulneráveis. Por isso, especialistas reforçam a importância da vacinação desde os primeiros meses de vida, garantindo proteção contra esse agravo de saúde pública.

Alerta para os pais

O crescimento no número de casos reforça a necessidade de manter a carteira de vacinação em dia. A imunização é a forma mais eficaz de proteção, evitando a circulação da doença e protegendo, principalmente, os mais vulneráveis. Com o retorno das atividades escolares, o contato entre as crianças aumenta, o que pode favorecer a transmissão da coqueluche.

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Autor: João Pedro Oliveira

Biólogo por formação, atualmente cursando Engenharia Ambiental. Apreciador de filmes e jogos de vários gêneros. Começou a escrever web novels, até chegar a posição de repórter.

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