Esporte mais praticado em 2024 conquista brasileiros pela saúde física, mental e prevenção de doenças crônicas
No próximo dia 5 de junho, o mundo celebra o Dia Mundial da Corrida, esporte que conquistou milhões de brasileiros e se firmou como o mais praticado no país em 2024. De acordo com o Relatório Anual de Tendências Esportivas do Strava, plataforma global de atividades físicas, o número de corredores cresceu 32% ao ano na última década no Brasil. Esse avanço reflete uma mudança de comportamento marcada pela busca crescente por qualidade de vida e prevenção de doenças.
A corrida deixou de ser apenas uma atividade física e passou a representar um estilo de vida. Segundo especialistas, o esporte se tornou uma resposta à epidemia silenciosa das doenças crônicas. No Brasil, cerca de 75% das mortes são causadas por enfermidades não transmissíveis como hipertensão, diabetes e problemas cardiovasculares, conforme dados do Ministério da Saúde. A prática regular da corrida tem se mostrado eficaz no controle dessas condições e no combate ao sedentarismo.
Para o médico do esporte cooperado da Unimed Goiânia, Dr. Pedro Paulo Prudente, os benefícios vão além do físico. “A corrida melhora a capacidade de vasodilatação, fortalece a função cardíaca, otimiza as trocas gasosas sem liberação e contribui para o equilíbrio do sistema nervoso. Isso impacta diretamente na redução do risco de doenças como hipertensão, diabetes tipo 2, obesidade, além de auxiliar no controle da ansiedade e do estresse”, explica o especialista.
Além de fortalecer o corpo, a corrida atua como um aliado no combate ao tabagismo, um dos principais fatores de risco para doenças graves. Dr. Pedro Prudente destaca que “o exercício libera neurotransmissores como endorfina, serotonina e dopamina, que atuam nos mesmos receptores antes ocupados pela nicotina. Isso ajuda no controle da abstinência, na melhora do humor e na redução da ansiedade, contribuindo para a cessação do tabaco”.
A trajetória de Leila Felipe Lima de Oliveira, técnica de análises clínicas da Unimed Goiânia, é exemplo dessa transformação. Após abandonar o cigarro durante a gravidez, ela encontrou na corrida um novo caminho. “Nunca tinha praticado nenhum esporte. Quando deixei o cigarro, ganhei muito peso e senti muita falta de ar. Um colega me indicou o grupo de corrida, e, desde então, minha disposição melhorou 100%. Já peguei Covid-19 quatro vezes e, segundo os médicos, o fato de eu correr fez toda a diferença na minha recuperação”, relata.
A mudança de hábitos também marcou a vida do médico radiologista da Unimed Goiânia, Dr. Naur Guimarães de Sousa Júnior. Ex-fumante, ele substituiu o cigarro pela corrida. “Fumei por quase dez anos. Na época da residência em radiologia, percebia que muitos dos meus pacientes, ainda relativamente jovens, tinham doenças gravíssimas e precoces, como infarto, AVC, câncer, enfisema, trombose; e grande parte era tabagista. Isso acendeu um alerta”, lembra.
Após abandonar o vício, ele passou a praticar futebol e tênis, até ser convencido pela esposa a entrar no grupo de corrida. A decisão transformou sua saúde. “Percebi que minha saúde melhorou em tudo, memória, humor e disposição. A corrida não só fortalece o corpo, como traz equilíbrio mental e espiritual. O sedentarismo é tão prejudicial quanto o cigarro, seja tradicional ou eletrônico. A corrida é um dos melhores presentes que podemos dar”, afirma.
Quem deseja iniciar na corrida precisa de cuidados básicos, alerta o Dr. Pedro Prudente. “Avaliações cardiológicas e pulmonares, além do acompanhamento de um profissional de educação física, são essenciais para garantir uma prática segura. Também é importante aliar a corrida ao fortalecimento muscular, hidratação e alimentação adequada”, orienta o médico.
Com o crescimento exponencial da prática e histórias inspiradoras como as de Leila e Dr. Naur, a corrida mostra que vai muito além de um esporte. É, cada vez mais, um remédio natural acessível, eficaz e transformador.
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