Para celebrar a data entrevistamos Patrícia Mercês, dona da maior produtora de cerveja artesanal de Goiás
Celebrado sempre na primeira sexta-feira de agosto, o Dia Internacional da Cerveja teve sua origem em 2007 na Califórnia, nos Estados Unidos. O evento foi criado por um grupo de amigos residentes de Santa Cruz, que decidiram se reunir para brindar sua paixão pela bebida, além de valorizar os profissionais que a produzem e promover o encontro de diferentes culturas por meio do sabor tão amado ao redor do mundo. Hoje, a celebração é reconhecida em mais de 200 países.
Muito antes de se tornar um símbolo cultural moderno, a cerveja já era produzida há mais de 5 mil anos. Arqueólogos identificaram evidências da fermentação em civilizações da Mesopotâmia, e registros da bebida aparecem em textos como o Código de Hamurábi e a Epopéia de Gilgamesh. Povos como os egípcios, sumérios, chineses e germânicos foram fundamentais ao desenvolverem técnicas que moldaram o produto que conhecemos hoje.
De acordo com a empresa de bebidas japonesa Kirin, o consumo global de cerveja em 2023 foi de 187.9 bilhões de litros, o que equivale a 152 estádios Tokyo Dome cheios. A China permanece como o maior consumidor de cerveja do mundo, seguida pelos Estados Unidos, e logo depois vem o Brasil, como o terceiro maior consumidor, com 15.137 milhões de litros.
Mais de 150 estilos diferentes de cerveja já foram catalogados, cada um com características únicas. A variedade vai de lager e pilsen, com sabores mais leves, às stouts e porters, com notas mais intensas. Estilos como as IPAs americanas e inglesas, belgas de fermentação espontânea e rótulos artesanais com ingredientes locais ampliam ainda mais o repertório.
Segundo dados do Anuário da Cerveja do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o número de produtores de cerveja registrados no Brasil já passava de 1.800 mil, em 2023. Em Goiás, são 43 cervejarias em operação – número que cresce a cada ano. O estado tem 854 cervejas registradas, com 993 marcas patenteadas, ainda de acordo com o Mapa.
Entre as indústrias produtoras em Goiás, é possível destacar o trabalho da Colombina, marca de cerveja artesanal que atua no mercado desde 2017, sob direção da engenheira de alimentos Patrícia Mercês. A cerveja já foi eleita a melhor do Brasil, entre outros 1.125 rótulos de 19 estados, pela Associação Brasileira de Cervejas Artesanais (Abracerva).
Conhecida por valorizar os ingredientes naturais do Cerrado Brasileiro, a Colombina surgiu da oportunidade vista sobre trazer produtos mais diversos ao mercado goiano. Ao perceber que nenhuma microcervejaria no estado trabalhava com essa diversidade, Patrícia decidiu assumir o negócio da família com o projeto da cerveja artesanal engarrafada.
“Somos detentores do título da marca mais lembrada pelos Goianos, pelo Poplist Top Of Mind, que é uma premiação anual feita pelo maior jornal aqui de Goiás, na categoria Cerveja Artesanal”, comenta Patrícia Mercês. “Desde 2017 seguimos invictos e com 16 pontos na frente de grandes marcas como Colorado e Eisenbah”, acrescenta ao ser questionada sobre quando a equipe percebeu que a marca tinha conquistado seu espaço no mercado.
A Colombina ocupa hoje um papel de destaque no Centro-Oeste, com seus 17 tipos diferentes de cerveja. Desde o sabor tradicional àquele mais intenso até o frutado, as cervejas da marca vieram para conquistar todos os gostos, mesmo os mais exigentes.
Outra característica interessante da marca se dá no fato de que todo o processo é pensado para, além de colocar em destaque a brasilidade e a diversidade nos sabores do Cerrado, promover a ideia de proteção do bioma. “Acreditamos que isso faz a economia do estado girar e fortalecer. Além de fortalecer pequenos negócios familiares também”, afirma Patrícia.
Apesar do cenário ainda ser dominado por grandes marcas como Skol, Brahma e Antarctica, a Colombina trabalha não só para se destacar, mas para ajudar outras microprodutoras. “A Colombina sempre atuou holisticamente se podemos assim dizer, sempre buscamos justiça tributária que é o que mais afeta o setor, lutamos pela inclusão das micro no simples nacional e regionalmente conseguimos um incentivo de ICMS”, finaliza Mercês.
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