Dia Nacional do Farmacêutico: fitoterapia é destaque na profissão

Nathania Santiago ressalta importância do conhecimento técnico no uso de fitoterápicos

Dia do Farmacêutico destaca crescente adesão à fitoterapia (Foto: reprodução)

O Dia Nacional do Farmacêutico, comemorado em 20 de janeiro, marca a fundação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), em 1916. Instituída oficialmente pela Resolução nº 460 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), a celebração acontece desde 1942, destacando a relevância de uma profissão indispensável para a saúde e o bem-estar da população.

Com atuação em mais de 70 áreas regulamentadas, o farmacêutico desempenha um papel multifacetado, que vai desde a farmácia hospitalar e a manipulação de medicamentos até a pesquisa científica e ensino. Essas competências atendem às demandas de uma sociedade que se transforma continuamente, incorporando avanços tecnológicos e novas formas de cuidado em saúde.

Fitoterapia: a conexão entre natureza e saúde

Uma área de crescente destaque é a fitoterapia, que utiliza compostos naturais de plantas para tratar e prevenir doenças. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que cerca de 80% da população global utiliza medicamentos de origem vegetal em seus cuidados primários. No Brasil, o mercado de fitoterápicos teve um crescimento de 13,6% em 2022, impulsionado pela busca por alternativas naturais durante a pandemia de COVID-19.

A professora e doutora Nathania Santiago, do curso de Farmácia da Estácio, ressalta a importância do conhecimento técnico no uso de fitoterápicos. “Embora os fitoterápicos sejam considerados naturais, eles podem ter contraindicações e efeitos adversos. O papel do farmacêutico é essencial para garantir a segurança no uso desses produtos, orientando sobre dosagens e possíveis interações medicamentosas”, alerta a profissional. 

Entre os exemplos mais populares estão os chás medicinais, como camomila, boldo e erva-cidreira, conhecidos por suas propriedades calmantes, digestivas e anti-inflamatórias. Ainda assim, Nathania alerta para os riscos do consumo excessivo: “Muitas vezes, as pessoas associam a palavra ‘natural’ à ausência de riscos, mas isso não é verdade. Um chá de boldo, por exemplo, pode ser tóxico se consumido em excesso ou combinado com determinados medicamentos.”

A pesquisa e o acesso aos fitoterápicos

Além de seu papel nos cuidados individuais, os farmacêuticos também lideraram pesquisas e impulsionaram avanços na integração de terapias naturais ao sistema de saúde. Por meio do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acesso a medicamentos fitoterápicos, destacando a necessidade de profissionais qualificados para garantir um uso seguro e eficaz.

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Autor: Pollyana Cicatelli

Jornalista pós-graduada em Comunicação Organizacional e especialista em Cultura, Arte e Entretenimento. Com ampla experiência em assessoria de imprensa para eventos, também compôs redações de vários veículos de comunicação. Já atuou como agente de viagens e agora se aventura no cinema como roteirista de animação.

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