“Éden”: Sydney Sweeney e Ana de Armas revivem mistério real de Galápagos

Filme inspirado em fatos reais mistura utopia, ciúmes e tragédias em uma história sombria sobre o fracasso dos ideais humanos

“Éden” Sydney Sweeney e Ana de Armas reviveM mistério real de Galápagos

O diretor Ron Howard, vencedor de dois Oscars e conhecido por “O Código Da Vinci”, volta aos holofotes com “Éden”, seu novo filme que chegou nesta semana ao Prime Video. A produção estrelada por Sydney Sweeney e Ana de Armas transporta o público para uma remota ilha de Galápagos, cenário de uma utopia que rapidamente se transforma em pesadelo.

A trama se inspira em um dos episódios mais intrigantes da história europeia dos anos 1930, quando um grupo de idealistas alemães fugiu da civilização em busca de uma vida pura e autossuficiente. Em meio à natureza selvagem da ilha Floreana, o sonho de liberdade logo se corrompeu por ciúmes, disputas de poder e mortes inexplicáveis.

Utopia e desilusão

No longa, Ana de Armas interpreta a baronesa Eloise von Wagner de Bousquet, mulher sedutora e hedonista cuja presença abala o equilíbrio da comunidade. Sydney Sweeney vive Margret Wittmer, personagem que tenta preservar os laços familiares enquanto o isolamento revela o pior de cada um.

O elenco de “Éden” também traz nomes como Jude Law, que dá vida ao médico Friedrich Ritter, um homem obcecado pela pureza e pela autossuficiência; Vanessa Kirby, Daniel Brühl e outros grandes nomes completam o time.

O filme mergulha em temas como sobrevivência, moralidade e colapso humano, contrastando o paraíso natural das Galápagos com a degradação dos que tentam habitá-lo.

Filme “Éden” é baseado em uma história real

A inspiração do filme “Éden” vem do misterioso caso de Floreana, um enredo da vida real que chocou o mundo na década de 1930. O médico alemão Friedrich Ritter e sua companheira Dore Strauch abandonaram a Europa para fundar uma colônia utópica nas ilhas equatorianas. Com o tempo, o projeto atraiu outros pioneiros, incluindo o casal Heinz e Margret Wittmer e a autoproclamada “baronesa” Eloise von Wagner de Bousquet.

O que começou como um experimento social idealista logo terminou em desaparecimentos, rivalidades e mortes nunca totalmente explicadas. Howard e o roteirista Noah Pink transformam o caso real em um retrato intenso da natureza humana, explorando o limite entre idealismo e sobrevivência.

Um drama grandioso com bilheteria tímida

Apesar do prestígio do diretor e do elenco estrelado, “Éden” teve uma recepção fria nos cinemas. A produção estreou com apenas US$ 1 milhão arrecadados nos Estados Unidos e no Canadá, exibida em 664 salas. Globalmente, o longa somou US$ 2,7 milhões, número modesto diante do orçamento de US$ 55 milhões, reduzido a US$ 35 milhões após incentivos fiscais australianos.

Segundo o Deadline, as vendas internacionais de direitos de exibição renderam cerca de US$ 26 milhões, aliviando parcialmente o desempenho nas bilheterias. Mesmo assim, o resultado ficou bem abaixo das expectativas para um filme cotado ao Oscar 2026.

Aposta no streaming

Após passar pelo Festival de Toronto (TIFF) e receber 55% de aprovação no Rotten Tomatoes, “Éden” tenta ganhar nova vida no streaming. O filme já está disponível no catálogo do Prime Video, sem custo adicional para os assinantes.

Com uma combinação de elenco de peso, paisagens exuberantes e uma história real marcada por segredos e tragédias, a produção promete despertar novas discussões sobre até onde o ser humano é capaz de ir em nome de um ideal.

Assista ao trailer do filme “Éden”

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Autor: João Pedro Oliveira

Apreciador de boas histórias, filmes e games. Repórter no portal Gazeta Culturismo.

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