Excursões escolares são mais do que passeios educativos

As excursões escolares fazem parte das lembranças mais marcantes deste período. Entrar em um ônibus lotado de colegas, com risadas, cantorias e expectativas pelo passeio, é quase um ritual de passagem para qualquer criança ou adolescente. Mais do que simples passeios, essas experiências são verdadeiras viagens inesquecíveis, que marcam a formação cultural, social e afetiva de cada geração.

No colégio das minhas filhas, por exemplo, existe a tradição de que no sexto ano eles façam uma excursão para Brasília. Hoje foi a vez da minha mais nova viver essa experiência, e não tem como eu não revisitar as memórias dos meus próprios passeios escolares em São Paulo, nos anos 1990.

Antes de compartilhar o roteiro de Brasília, quero te convidar a viajar comigo por São Paulo e por algumas das excursões que mais me marcaram.

Playcenter e Museu do Ipiranga

Quem estudou na capital paulista nos anos 1990 certamente guarda no coração o Playcenter, inaugurado em 27 de julho de 1973, em uma área de 85 mil m², e inspirado nos parques das grandes cidades dos Estados Unidos da América e da Europa. Localizado na Marginal Tietê, no auge de suas atividades, o parque recebia cerca de 1,6 milhão de pessoas por ano e fez sucesso no Brasil por quase quatro décadas. Sem dúvidas, esse era um dos passeios mais esperados do calendário letivo – do colégio, da escola de inglês. Mesmo podendo ir com os meus pais ou primos, estar lá com minhas amigas era épico.

Outro destino frequente era o Museu do Ipiranga (https://museudoipiranga.org.br/), construído entre 1885 e 1890. Reaberto em 2022, após nove anos fechado para ampla reforma, está na lista de locais que quero voltar a visitar. Afinal, rever sua grandiosidade é também revisitar memórias daquelas excursões escolares que misturavam aprendizado e diversão.

A experiência em Brasília

Voltando ao presente, minha filha seguiu o tradicional roteiro da excursão para Brasília. O dia começou cedo, com saída de ônibus rumo à capital federal. A primeira parada foi o Zoológico de Brasília (https://www.zoo.df.gov.br/), com um total de 600 animais no plantel, distribuídos entre 180 espécies de aves, répteis e mamíferos.

Na sequência, o grupo visitou o Sesi Lab (https://sesilab.com.br/pt/), localizado em um edifício icônico de Oscar Niemeyer, que conecta arte, ciência e tecnologia, e onde é possível interagir com equipamentos que explicam, na prática, diferentes conceitos científicos, fenômenos naturais e sociais – com diversão. O que ela mais gostou foi a experiência de passar por um local com areia e pedras sem fazer nenhum barulho, pois cada barulho era pontuado. Fiquei bem curiosa para conhecer e testar.

Em Brasília, não poderiam faltar os cartões-postais: a Catedral projetada por Oscar Niemeyer, um dos ícones da arquitetura modernista brasileira; e a visita à Arena BRB Mané Garrincha, que reforça a ligação intrínseca do brasileiro com o futebol.

O valor das excursões escolares

Essas viagens representam a chance de viver um destino com outro olhar: o olhar coletivo, compartilhado com colegas de classe. Muitas vezes, são lugares que já foram visitados em família, mas que se transformam completamente quando descobertos na companhia dos amigos.

Permitir que nossos filhos participem dessas experiências é dar a eles a oportunidade de criar memórias, autonomia e histórias para contar. Como mãe, ver minha filha chegar em casa com o brilho nos olhos e o desejo de compartilhar cada detalhe do passeio é um presente.

E você, qual é a sua melhor lembrança das excursões escolares?

Por Daniele Flöter – jornalista e apaixonada por experiências. Conecte-se comigo pelo [email protected]

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