Documentário sobre Fred e Rose West revela crimes brutais e expõe os horrores por trás de uma fachada familiar
A nova série documental da Netflix, “Fred and Rose West: A British Horror Story“, está gerando impacto global ao revisitar um dos casos mais aterrorizantes da história britânica. A produção, dividida em três episódios, mergulha em uma investigação sombria que escancarou os segredos cruéis do casal Fred e Rose West. Por trás das portas do número 25 da Rua Cromwell, em Gloucester, uma fachada de vida familiar escondia um ciclo de violência, sequestros e assassinatos que perdurou por décadas.
A história começa em 1994, quando a polícia atendeu a uma denúncia feita pelos serviços sociais. Os filhos do casal revelaram um segredo perturbador: caso se comportassem mal, acabariam “debaixo do pátio, como a irmã Heather”, desaparecida desde 1986. A partir disso, uma escavação revelou os restos de Heather e outros oito corpos enterrados no jardim e no porão da casa. Era apenas o início da revelação de uma série de crimes hediondos e sistemáticos.
Com base em 107 gravações de interrogatórios policiais inéditas, o documentário lança nova luz sobre os assassinatos de pelo menos 12 mulheres. A produção mostra como um casal, que parecia amoroso e unido, escondeu durante anos um esquema de tortura, estupro e assassinato.
Fred conheceu Rose quando ela tinha apenas 15 anos e trabalhava em uma confeitaria. Um mês após completar 16 anos, Rose engravidou. Eles viviam com os dez filhos e alugavam quartos para inquilinos. Pessoas próximas os descreviam como “um casal amoroso”. Para a polícia, Fred explicou a dinâmica da relação com frieza: “Eu treinei Rose para fazer o que eu queria. É por isso que nosso casamento deu tão certo. […] Ela simplesmente se adaptou ao meu estilo de vida”.
O que se passava entre quatro paredes era de uma crueldade extrema. O casal cultivava um sadomasoquismo doentio, iniciado com Fred pedindo a Rose que tivesse relações com outros homens enquanto ele observava. Com o tempo, isso evoluiu para crimes brutais: sequestros, tortura sexual, assassinatos e esquartejamentos. Os próprios filhos relataram abusos físicos e punições cruéis. Duas filhas acusaram Fred de abuso sexual.
Rose não apenas sabia dos crimes, como participava ativamente. Um vizinho relatou no documentário que ela ajudava a atrair vítimas, facilitando os sequestros. Caroline Owens, ex-babá da família, sobreviveu a uma tentativa de sequestro e estupro cometida pelo casal. Em julgamento, ela relembrou o terror vivido nas mãos de Fred e Rose.
Fred West confessou doze assassinatos, começando com Ann McFall, babá contratada em 1967. Ele também matou sua ex-esposa Rena e a filha dela, Charmaine. Nove corpos foram encontrados enterrados em casa, entre eles o de Heather, filha de Fred e Rose, e de Shirley Robinson, grávida de oito meses de Fred.
As vítimas tinham algo em comum: eram jovens, vulneráveis e, em muitos casos, fugitivas ou sem suporte familiar. Entre os nomes identificados estão Lucy Partington, Lynda Gough, Thérèse Siegenthaler, Carole Ann Cooper e outras.
Fred se suicidou na prisão um mês antes do julgamento. Rose West foi considerada culpada por dez assassinatos e condenada à prisão perpétua. Ela tentou apelar, sem sucesso, e cumpre sua pena até hoje na prisão HM New Hall. Ainda alega ser inocente.
A série documental já está disponível no catálogo da Netflix e se consolida como mais uma produção impactante sobre crimes reais, mexendo com o imaginário do público ao mostrar o quanto o mal pode se esconder sob aparências comuns.
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Jornalista pós-graduada em Comunicação Organizacional e especialista em Cultura, Arte e Entretenimento. Com ampla experiência em assessoria de imprensa para eventos, também compôs redações de vários veículos de comunicação. Já atuou como agente de viagens e agora se aventura no cinema como roteirista de animação.
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