Parques e reservas batem recordes de interesse online e presencial
O Brasil registrou um salto expressivo no interesse por áreas naturais protegidas em 2024. Segundo levantamento da Bulbe Energia, plataforma de energia renovável, as pesquisas pelo termo “unidade de conservação” cresceram 50% nos últimos 12 meses, ultrapassando 1 milhão de buscas. No mesmo período, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) contabilizou mais de 25,5 milhões de visitas a unidades de conservação federais, alta de 4,9% em relação a 2023.
O estudo da Bulbe analisou os volumes de busca de diferentes categorias de áreas protegidas — como Parques Nacionais, Florestas Nacionais, Áreas de Proteção Ambiental e Reservas Extrativistas — e ranqueou os 15 destinos mais procurados. São Paulo liderou, com seis unidades no topo da lista, respondendo por cerca de 40% das pesquisas.
Unidade de Conservação | Estado | Volume de Buscas |
---|---|---|
Parque Estadual da Cantareira – Núcleo Pedra Grande | SP | 161.400 |
Parque Nacional da Serra da Capivara | PI | 127.100 |
Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros | GO | 114.600 |
Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses | MA | 112.600 |
Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna | PA | 96.300 |
Parque Nacional da Serra dos Órgãos | RJ | 93.100 |
Parque Estadual da Pedra Branca | RJ | 77.700 |
Parque Natural Municipal Estoril | SP | 62.470 |
Parque Estadual da Serra do Mar | SP | 59.600 |
Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu | RJ | 56.100 |
Parque Estadual Juscelino Kubitschek | MG | 53.800 |
Floresta Nacional de Brasília | DF | 52.400 |
Parque Estadual do Jaraguá | SP | 51.900 |
Área de Proteção Ambiental Tanquã / Rio Piracicaba | SP | 47.880 |
Parque Estadual do Juquery | SP | 44.900 |
O destaque paulista foi o Parque Estadual da Cantareira (Núcleo Pedra Grande), com mais de 161 mil buscas no ano. Localizado na zona norte da capital, é um dos maiores fragmentos de Mata Atlântica em área urbana do mundo, criado em 1963 e integrado à Reserva da Biosfera da Unesco. Além de trilhas, mirantes e cachoeiras, abriga espécies como bugio e onça-parda e protege nascentes essenciais para o abastecimento da cidade.
O Piauí garantiu presença no ranking com o Parque Nacional da Serra da Capivara, que preserva importantes sítios arqueológicos e pinturas rupestres, além de cânions e formações rochosas únicas da Caatinga. Já em Goiás, a Chapada dos Veadeiros atrai pela combinação de cachoeiras, mirantes e biodiversidade do Cerrado.
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, localizado no nordeste de Goiás, também é destaque na busca por unidades naturais para visitação e turismo ecológico no Brasil. A unidade de conservação, criada em 1961 e reconhecida como Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO, protege uma área de rica biodiversidade — incluindo espécies ameaçadas como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e diversas aves endêmicas.
O parque é famoso por suas paisagens impressionantes, cânions, mirantes e inúmeras cachoeiras, como as Cataratas dos Couros e a Cachoeira de Santa Bárbara. Além do valor ecológico, é um destino muito procurado para ecoturismo, trilhas e observação da fauna e flora.
O acesso às unidades de conservação varia conforme sua categoria. Parques Nacionais permitem visitação controlada, turismo ecológico e pesquisas científicas, com foco na redução de impactos ambientais. Florestas Nacionais possuem uso mais amplo, permitindo manejo sustentável, lazer ao ar livre e práticas como mountain bike, trilhas e meditação, caso da Floresta Nacional de Brasília, que teve mais de 52 mil buscas.
As Áreas de Proteção Ambiental (APAs) são mais flexíveis e permitem turismo, produção local e moradia, desde que respeitem critérios de conservação. A APA Tanquã / Rio Piracicaba, em São Paulo, conhecida como “Mini Pantanal Paulista”, registrou quase 48 mil buscas e é habitat de espécies como lobo-guará, jaguatirica e jacaré-de-papo-amarelo, além de oferecer passeios de barco e gastronomia típica.
De acordo com o IBGE, cerca de 5 milhões de brasileiros vivem em áreas protegidas, entre unidades de conservação e terras indígenas, evidenciando que esses espaços não são apenas destinos turísticos, mas também territórios vivos que abrigam comunidades e culturas.
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Jornalista pós-graduada em Comunicação Organizacional e especialista em Cultura, Arte e Entretenimento. Com ampla experiência em assessoria de imprensa para eventos, também compôs redações de vários veículos de comunicação. Já atuou como agente de viagens e agora se aventura no cinema como roteirista de animação.
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