Mariah Carey no Brasil: uma passagem morna e sem o brilho que se esperava

A passagem de Mariah Carey pelo Brasil prometia ser histórica. Afinal, estamos falando de uma das maiores vozes da música pop mundial, conhecida por seus agudos impressionantes que a consolidou como ícone global. No entanto, o que se viu no The Town e no Amazônia Live ficou muito aquém das expectativas.

A cantora pareceu distante, sem energia e, sobretudo, sem conexão com o público brasileiro. Para piorar, Mariah não se deu ao trabalho de interagir com os artistas locais que subiram ao palco antes dela na apresentação do Amazônia Live, realizado nesta quarta-feira (17), no rio Guamá, em Belém.

Nomes como Joelma, Gaby Amarantos, Zaynara e Dona Onete, representantes genuínos da cultura brasileira, sequer tiveram a oportunidade de uma foto ou de um registro ao lado da estrela internacional, que se reservou a distribuir alguns autógrafos em frente ao hotel que estava hospedada. Um gesto simples que poderia ter simbolizado respeito e reconhecimento ao talento nacional foi completamente ignorado.

O resultado foi uma apresentação fria, quase protocolar, sem aqueles momentos memoráveis que normalmente cercam shows de artistas desse calibre. A performance, que poderia ter sido uma celebração da música pop internacional em diálogo com a riqueza cultural do Brasil, acabou sendo uma experiência genérica, desprovida de empolgação e emoção.

Não se trata de diminuir a carreira de Mariah Carey — seu legado é inegável. Mas, quando uma artista dessa magnitude vem ao Brasil, espera-se mais do que uma presença física. Espera-se engajamento, interação, celebração da diversidade musical e cultural que o país oferece. Infelizmente, nada disso aconteceu.

O Brasil merecia mais, e Mariah Carey poderia ter deixado uma marca memorável, mas escolheu passar despercebida. Você gostou das apresentações?

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