Mundhumano e o rito de passagem de “Os Deuses que Dançam”

Ao reunir essas três faixas que sintetizam a diversidade do grupo, anunciam o que está por vir: novo álbum para 2026

Banda Mundhumano (Foto: Divulgação)

Encerrar um ciclo artístico é sempre um gesto de coragem. Num cenário musical cada vez mais apressado, em que lançamentos se sobrepõem antes mesmo de amadurecerem nos ouvidos do público, a Mundhumano faz o movimento oposto: respira, revisita e se despede.

Para isso, lançou recentemente três versões musicais intensas que misturam performance, energia e a assinatura sonora. A sessão ao vivo encerra o capítulo de “Os Deuses que Dançam” e declara toda a força e diversidade de sua trajetória.

Desde este último disco de 2022, o grupo firmou-se como uma das vozes mais inquietas da cena independente brasileira. Sua mistura de rock, regionalidade e experimentação não soa como mera fusão de estilos, mas como um gesto político e poético: a recusa em se encaixar em um único rótulo. É música que nasce do encontro entre mundos, o urbano e o ancestral, e quiçá outros.

Agora, ao lançar “Guerreiras Urbanas”, “Minha Pequena Eva” e “Reconvexo“, a banda nos reafirma que a força da arte pode estar no instante ao vivo, na energia compartilhada entre quem toca e quem escuta. E há algo de simbólico nessa despedida. Mundhumano não apenas celebra o que conquistou, mas principalmente prepara terreno para o que virá. E o que vem é um novo álbum anunciado para 2026, que promete expandir ainda mais esse universo sonoro, talvez abrindo novas frestas entre o sagrado e o cotidiano, entre a crítica social e a celebração da vida.

Mundhumano nos lembra que cada fim é também um começo. Que dançar com os deuses é, afinal, reconhecer o ciclo da criação — aquele que termina apenas para poder recomeçar, mais profundo, mais humano, mais livre. Ouça e assista agora “Guerreiras Urbanas”, “Reconvexo” e “Minha Pequena Eva” com a Banda Mundhumano no Youtube.

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Autor: Mari Magalhães

Mari Magalhães é jornalista, roteirista, assessora de imprensa e fotodocumentarista com mais de 10 anos de atuação na cultura goiana Seu foco está voltado para novos talentos da música urbana contemporânea, cinema e atividades da cena underground. Contato:[email protected]

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