No Dia do Gamer, veja desafios e vitórias da indústria

Apesar do crescimento contínuo, o mercado de jogos ainda tem vários desafios

Dia 29 de agosto é comemorado o Dia do Gamer (Foto: Pexels)

Neste dia 29 de agosto, é celebrado o Dia do Gamer, uma data que sublinha a crescente relevância da cultura gamer globalmente. O mercado de jogos digitais, que já superou a receita global do cinema e da música, continua a expandir de forma notável, trazendo tanto oportunidades quanto desafios significativos.

No Brasil, os games têm conquistado uma popularidade crescente. De acordo com a Pesquisa Gamer Brasil 2024 (PGB2024), 73,9% dos brasileiros são adeptos dos jogos digitais, marcando um aumento de 3,8 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Esse crescimento reflete a consistência do consumo deste tipo de entretenimento no país.

O setor de games, por sua vez, está projetado para alcançar um faturamento de US$ 211,2 bilhões até 2025, conforme estimativas da Newzoo. Além disso, a Mordor Intelligence prevê que o mercado de jogos em nuvem deverá atingir US$ 6,80 bilhões até 2028, evidenciando um crescimento contínuo e expressivo.

A diversidade de gêneros no universo dos games, que abrange desde ação e aventura até simulação e estratégia, contribui para atingir um público amplo e variado. Dados da PGB2024 mostram que, entre os jogos mais populares para smartphones no Brasil, destacam-se Free Fire, Candy Crush e FIFA Mobile. No cenário de consoles, os favoritos incluem FIFA, GTA e Call of Duty.

Desafios e avanços

Apesar do crescimento contínuo, o setor enfrenta desafios significativos, especialmente no que diz respeito à desigualdade de gênero. Embora as mulheres representem 50,9% dos consumidores de jogos digitais no Brasil e 57% delas se considerem gamers, a presença feminina ainda é limitada em equipes de desenvolvimento e no cenário competitivo de eSports.

“Reconhecimento é a parte mais difícil na carreira de uma mulher gamer”, afirma Luiza Trindade, também conhecida como Croft, gerente de e-sports do Team Solid. “Ainda existe uma desconfiança enorme em relação à qualidade do trabalho das jogadoras. Isso só fortalece o discurso machista de que elas são boas demais para serem mulheres. Além disso, as premiações em campeonatos femininos muitas vezes são baixas, inviabilizando a manutenção de um cenário competitivo forte”, completa.

Outro desafio notável é o equilíbrio entre monetização e experiência do usuário, com modelos de microtransações gerando debates sobre seu impacto na jogabilidade e satisfação dos jogadores. Além disso, questões relacionadas à saúde mental e ao vício em jogos digitais também são temas de discussão.

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Autor: João Pedro Oliveira

Biólogo por formação, atualmente cursando Engenharia Ambiental. Apreciador de filmes e jogos de vários gêneros. Começou a escrever web novels, até chegar a posição de repórter.

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