Novos talentos fortalecem o mercado: a música como profissão e vocação

Cantora e pianista baiana mostra que viver de arte exige seriedade, preparo e que o surgimento de novos artistas é essencial para manter o setor musical pulsando com vida

Luma - cantora e pianista baiana (Foto: divulgação)

Quando se fala em carreira musical, ainda é comum imaginar palcos lotados, holofotes e milhões de seguidores. Mas por trás dessa imagem idealizada, existe uma realidade tão nobre quanto silenciosa: a de artistas que vivem da música com seriedade, estudo e dedicação e que, com talento e perseverança, renovam e fortalecem o mercado artístico brasileiro.

A cantora e pianista Luma, natural de Itabuna e radicada em Salvador (BA), é um dos nomes que representam essa nova geração de profissionais da música. Formada em Música Popular pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), ela construiu sua trajetória fora dos grandes circuitos comerciais, mas com presença marcante na cena cultural da capital baiana.

Profissionalização que impulsiona o setor

“A música é a minha profissão. Assim como qualquer outro trabalho, exige responsabilidade, entrega e preparo”, afirma Luma. Ela mantém uma rotina ativa de apresentações em bares, eventos, festivais e projetos autorais. Ao fazer da arte sua fonte de renda e propósito de vida, Luma não apenas realiza um sonho pessoal — ela ajuda a manter a cadeia produtiva da música em movimento.

Iniciativas como o projeto “Luma Convida”, que promove encontros musicais com estudantes da UFBA em Salvador, são exemplos de como novos talentos também criam espaços de troca, visibilidade e desenvolvimento para outros artistas em formação. A atuação de profissionais como Luma mostra que o mercado musical precisa mais do que celebridades: precisa de gente comprometida, que leve a música a sério.

Novos artistas, novas formas de movimentar o mercado

Enquanto o grande público acompanha os nomes mais populares, é no cotidiano de artistas independentes que a música brasileira se renova. Cada nova voz, cada projeto inovador, cada palco alternativo aberto representa não apenas uma carreira pessoal, mas o fortalecimento de um setor que depende da diversidade, da renovação e do compromisso com a qualidade artística.

“Tem muita gente vivendo de música de forma digna e profissional, ainda que fora dos holofotes”, explica Luma. “Assim como há milhares de médicos que não estão na TV, há milhares de músicos incríveis que fazem a diferença todos os dias em palcos menores, nos bastidores e nas salas de aula.”

O papel da mulher e o impacto da representatividade

Além de representar essa nova geração de músicos profissionais, Luma também traz consigo a potência da presença feminina no setor. Para ela, o fortalecimento das mulheres na música é essencial — e já está em curso. “Sempre estivemos aqui. O que mudou foi a visibilidade”, ressalta.

Em Salvador, Luma observa uma rede crescente de mulheres instrumentistas, compositoras e intérpretes que se apoiam e se impulsionam mutuamente. Essa rede, segundo ela, é um dos pilares que garantem um futuro mais plural e igualitário para a música brasileira.

Arte como conexão, não como número

Longe da lógica dos números e das métricas instantâneas, Luma defende que o reconhecimento verdadeiro vem da conexão com o público e da possibilidade de viver daquilo que ama. “A arte não precisa ser medida por curtidas. O mais importante é tocar as pessoas, criar vínculos reais e deixar um legado com o que a gente acredita”, diz.


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Autor: Rayfran Cardoso

Rayfran Cardoso é jornalista formado há mais de sete anos com passagem pela Rádio CBN. O profissional é pós-graduando em Comunicação Digital e Redes Sociais, e atua como criador de conteúdo digital e assessor de imprensa para artistas. É também amante da música popular e manifestações culturais vindas das mais diversas regiões do Brasil. Contato:[email protected]

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