Pedofilia: veja emojis usados por criminosos e saiba como proteger crianças e adolescentes na internet

Pedófilos utilizam emojis como códigos secretos em redes sociais para atrair crianças e adolescentes; especialistas alertam sobre a importância da vigilância e da denúncia

Pedófilos usam linguagem com símbolos, em emojis (Foto Canva)

A atenção com crianças e adolescentes na internet tem se mostrado cada vez mais necessária para evitar que elas sejam vítimas de crimes no ambiente virtual. A polícia tem descoberto uma nova forma de atuação de pedófilos nos meios on-line. Eles utilizam os emojis, símbolos aparentemente inofensivos, como códigos nos comentários de redes sociais para pedir “nudes” e outros tipos de pornografia infantil.

Os criminosos se identificam a partir de simples emojis como o de milho (🌽), traduzido para “corn” em inglês e usado como trocadilho para “porn” (pornografia). O de macarrão instantâneo (🍜) segue a mesma linha de raciocínio: em inglês significa “noodles”, usado como referência à palavra “nudes”. Outros emojis, como o de espiral azul (🌀), indicam o interesse por imagens inapropriadas de meninos. A mesma mensagem, mas para meninas, é passada com os emojis de um coração dentro do outro (💗) e o de queijo (🧀).

Além dos símbolos citados, os de bala (🍬), pirulito (🍭) e pizza (🍕) também fazem parte da linguagem virtual dos pedófilos para atrair crianças e adolescentes na internet. Sem receio algum, eles deixam comentários nas próprias publicações dos jovens, através de perfis falsos, criados para fingir serem outras crianças que querem criar amizade. Uma vez que a criança cai na armadilha, ela se vê ameaçada e coagida a mandar conteúdos íntimos para os criminosos.

Número de denúncias de exploração sexual infantil cresceu 500%

Após a denúncia realizada pelo influenciador digital Felipe Bressanim, o Felca, o número de denúncias de exploração sexual infantil cresceu 500%, de acordo com a CNN Brasil. Com o vídeo intitulado “adultização” postado em seu canal do YouTube, Felca discutiu temas como abuso sexual infantil, pedofilia, sexualização precoce e adultização de crianças. O conteúdo foi divulgado há apenas duas semanas e já acumula mais de 48 milhões de visualizações.

Em uma sociedade cada vez mais digital, a iniciativa de Felca mostra a importância do debate de temas que conscientizam sobre a necessidade de proteger crianças e adolescentes na internet, que acaba sendo confundida como um lugar seguro para todos. Além disso, muitos acreditam que, por ser um “lugar” livre e aberto, a internet permite qualquer tipo de comportamento – o que não é verdade, uma vez que o ambiente digital não se trata de uma terra sem lei.

Como agir para cuidar de crianças e adolescentes na internet?

A internet não apenas não é segura para todos, como é perigosa em um nível ainda maior para pessoas mais passíveis de serem aliciadas, como menores de idade e idosos. Muito facilmente, eles acreditam nas boas intenções de quem está do outro lado da tela e, por isso, precisam de atenção redobrada.

Especialistas aconselham evitar a exposição de crianças na internet, além de reduzir o tempo de tela e monitorar constantemente a atividade dos menores no ambiente on-line. Observar com quem eles conversam e o conteúdo das conversas é essencial para evitar que eles corram riscos.

Ao suspeitar de um pedófilo nas redes sociais, é recomendado bloquear e denunciá-lo imediatamente à Polícia Civil, além de guardar as conversas para serem analisadas pelos profissionais. Se preferir não se expor, a denúncia também pode ser feita de forma anônima, pelo Disque Direitos Humanos (Disque 100) do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

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Luanna Mendes
Autor: Luanna Mendes

Apaixonada por jornalismo musical, ambiental e político, tem interesse por diferentes culturas e idiomas. Além da redação, é também fascinada por fotografia e pelo universo do entretenimento da Coreia do Sul. Com pautas focadas no mundo da arte, do entretenimento e da cultura pop asiática, busca trazer leveza ao caos do dia a dia, além de promover o acesso à informação e gerar oportunidades para todos.

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