Brasileiros podem enfrentar deportação e até prisão por carregar medicamentos comuns sem a documentação adequada
Transportar medicamentos comuns no Brasil sem autorização em outros países pode ser crime. E por isso, viajar para fora do Brasil envolve mais do que escolher destinos e reservar passagens. Um erro simples, porém grave, pode arruinar sua experiência internacional.
Muitos turistas ignoram esse detalhe sobre os remédios transportados, o que pode levá-los a situações delicadas ou até ilegais no exterior. Entre os fármacos frequentemente levados estão Dipirona, Rivotril e Tramadol. Porém, esses nomes familiares para os brasileiros entram na lista de substâncias proibidas ou controladas em países como Estados Unidos, Austrália, Japão, Emirados Árabes e diversas nações europeias.
“Nós pensamos na mala, nos olhares, mas esquecemos da farmacêutica. É fundamental verificar se os remédios que você toma são permitidos no destino, porque em muitos países o que aqui é uso comum, lá pode ser crime”, alerta Suelen Miura, empresária e agente de viagens.
O desconhecimento pode custar caro. Levar qualquer um dos seguintes medicamentos sem os devidos cuidados pode render multa, apreensão, deportação e até prisão:
• Dipirona
• Rivotril (Clonazepam)
• Ritalina (Metilfenidato)
• Valium (Diazepam)
• Lisdexanfetamina
• Tramadol (Cloridrato de Tramadol)
A presença desses remédios em bagagens, sem prescrição traduzida ou autorização oficial, é considerada infração em diversos destinos. A legislação sanitária internacional é severa, e ignorá-la pode resultar em grandes complicações.
“Sempre recomendo um checklist médico antes da viagem: consulte a embaixada do país de destino, leve a prescrição médica traduzida e, em alguns casos, obtenha uma autorização especial com antecedência”, reforça Suelen Miura.
Um detalhe importante é jamais transportar comprimidos soltos ou fora da embalagem original. Isso pode levantar suspeitas nas alfândegas, mesmo que o medicamento seja permitido com receita. A embalagem deve estar lacrada, conter o nome legível do paciente e, de preferência, acompanhada de uma declaração médica explicando o uso contínuo.
Suelen Miura instrui levar a documentação correta traduzida para o inglês e verificar com o consulado se há necessidade de autorização prévia pode evitar momentos de tensão. A ausência desses cuidados já levou viajantes a serem impedidos de entrar em território estrangeiro.
“É sempre melhor prevenir do que tentar resolver um problema longe de casa, em outro idioma e sob outras leis. A preparação do necessário é parte essencial do planejamento de qualquer viagem internacional”, conclui a agente de viagens.
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Jornalista pós-graduada em Comunicação Organizacional e especialista em Cultura, Arte e Entretenimento. Com ampla experiência em assessoria de imprensa para eventos, também compôs redações de vários veículos de comunicação. Já atuou como agente de viagens e agora se aventura no cinema como roteirista de animação.
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