Médico alerta para os riscos do sedentarismo e revela como pequenas mudanças diárias podem garantir mais qualidade de vida
Quase metade da população adulta brasileira está acima do peso, e mais de um quarto enfrenta um quadro de obesidade, segundo dados alarmantes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), conduzida pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde. Os números mostram ainda que 14,6% dos adultos sofrem de hipertensão arterial e 7,7% convivem com o diabetes — doenças silenciosas frequentemente relacionadas ao sedentarismo e à má alimentação.
O médico de família e comunidade cooperado da Unimed Goiânia, Danilo Maciel Carneiro Filho, reforçou a importância de investir em mudanças graduais de hábitos para melhorar a saúde. Para ele, não é necessário transformar a rotina de uma vez, mas dar pequenos passos de forma constante. “O ideal é uma alimentação o mais natural possível. Mas evitar ultraprocessados e bebidas açucaradas já é um bom começo”, recomenda.
Além da alimentação, o médico ressalta a necessidade de cuidar do sono e da vida social. Ele alerta sobre o uso de estimulantes e de telas antes de dormir, fatores que interferem na qualidade do descanso. “Evitar o consumo de estimulantes pelo menos oito horas antes de dormir é essencial para garantir um sono reparador, com duração de sete a oito horas. Também é importante evitar o uso de telas, como TV e celulares, ao se deitar. Criar uma rotina com horários fixos para dormir e acordar contribui para a higiene do sono. Além disso, manter momentos de socialização com amigos e ajuda familiares para reduzir o estresse e melhorar a saúde mental.”
A prática de exercícios físicos, mesmo que em pequena quantidade, pode trazer benefícios surpreendentes. Uma pesquisa publicada no conceituado jornal científico The Lancet revelou que pessoas sedentárias que passam a praticar apenas 15 minutos diários de atividade física têm uma redução de 14% no risco de morte e podem aumentar a expectativa de vida em até três anos.
Danilo destaca que esses benefícios não se limitam ao corpo. O impacto também é significativo na saúde mental, contribuindo para a redução do estresse. “Trocar o elevador pela escada ou caminhar durante os intervalos ao longo do dia já faz diferença”, afirma ele, destacando que o segredo está na constância e na adaptação à rotina de cada pessoa.
Para manter os hábitos saudáveis ao longo do tempo, o especialista recomenda a definição de metas realistas, a celebração das pequenas conquistas e o envolvimento de familiares e amigos no processo. “O mais importante é compreender que essas mudanças são para o próprio benefício. O envelhecimento é um processo natural, mas podemos atravessá-lo com mais qualidade de vida se cuidarmos da nossa saúde hoje”, finaliza o médico.
Ao reunir dados concretos e recomendações práticas, a reportagem reforça um ponto essencial: não é necessário esperar por um problema para começar a agir. Uma alimentação mais consciente, uma noite de sono reparadora e alguns minutos de atividade física por dia podem fazer toda a diferença.
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Jornalista pós-graduada em Comunicação Organizacional e especialista em Cultura, Arte e Entretenimento. Com ampla experiência em assessoria de imprensa para eventos, também compôs redações de vários veículos de comunicação. Já atuou como agente de viagens e agora se aventura no cinema como roteirista de animação.
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