Corpo de Bombeiros de Goiás dá dicas para evitar e combater queimadas
De acordo com dados do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), em 2024 foram registradas, ao todo, 12.069 queimadas no estado. Durante o período de seca, vegetações, áreas públicas, particulares e protegidas sofreram sérios danos. A maior incidência ocorreu entre os meses de maio e setembro, justamente quando a umidade do ar está mais baixa.
Agosto e setembro concentraram o maior número de focos de incêndio, com mais de 3 mil ocorrências, devido às altas temperaturas associadas aos fatores já mencionados.
Em 2025, até o momento, já foram registrados 1.504 casos de queimadas em Goiás. Apesar disso, em comparação com o ano anterior, os números apresentaram uma queda expressiva, conforme aponta o CBMGO.
Estudos da organização não governamental inglesa WasteAid indicam que, mesmo após ser consumido pelo fogo, o lixo não desaparece completamente. A queima dos materiais presentes libera carbono negro, também conhecido como fuligem, uma substância altamente tóxica que pode causar problemas respiratórios e até câncer quando inalada por seres humanos. Além disso, esses poluentes afetam a camada de ozônio na atmosfera terrestre, agravando o efeito estufa e contribuindo para o aquecimento global.
Quanto mais seca estiver uma área e menor for a umidade do ar, maiores são as chances de ocorrerem focos de incêndio. O descarte inadequado de lixo, a falta de poda de árvores e a limpeza irregular de lotes, terrenos e plantações facilitam significativamente o surgimento e a propagação das queimadas.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) alerta que queimadas em terrenos, lotes e áreas de plantio podem eliminar todos os nutrientes do solo, comprometendo sua fertilidade. Além disso, o descuido com árvores que necessitam de manutenção pode provocar incêndios florestais de grandes proporções. Esses incêndios são devastadores tanto para a flora quanto para a fauna local e, em alguns casos, as florestas atingidas podem levar décadas — ou até séculos — para se recuperarem completamente.
O uso do fogo para limpar lixos ou lotes, terrenos e plantações é crime. Além de piorar a qualidade do ar, a atitude coloca em risco a vida de pessoas e animais.
Com a vegetação sob controle, o material combustível ao redor da edificações que precisam ser protegidas é reduzido, dificultando a propagação do fogo.
Jogar lixo como garrafas de vidro, pontas de cigarro e outros materiais às margens das rodovias ou estradas pode causar grande incêndios, uma vez que esses objetos entram em contato com a vegetação seca em meio à baixa umidade do ar e altas temperaturas.
Ao perceber fumaça ou fogo, não tente apagar sozinho. O correto é entrar em contato com o corpo de bombeiros imediatamente, por meio do número 193. Quanto mais rápida for a resposta, menor a chance do fogo causar grandes estragos.
Informar à família, amigos e comunidade sobre os riscos das queimadas e as práticas seguras para evitá-las é essencial no processo de conscientização. A população precisa saber dos perigos do fogo e como combatê-lo de forma segura, para que dessa forma as ocorrências diminuam.
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Apaixonada por jornalismo musical, ambiental e político, tem interesse por diferentes culturas e idiomas. Além da redação, é também fascinada por fotografia e pelo universo do entretenimento da Coreia do Sul. Com pautas focadas no mundo da arte, do entretenimento e da cultura pop asiática, busca trazer leveza ao caos do dia a dia, além de promover o acesso à informação e gerar oportunidades para todos.
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