Transporte público de Goiânia: tempo de viagem dos ônibus é reduzido em 30%

A Prefeitura de Goiânia apresentou nesta terça-feira (12), em Brasília, os resultados do Programa Nova Mobilidade, que já reduziu em 30% o tempo de deslocamento do transporte público em trechos estratégicos da cidade. O anúncio foi feito pelo prefeito Sandro Mabel durante o Seminário Nacional NTU 2025, e teve repercussão nacional.

O sistema adota o conceito de “metronização”, priorizando os ônibus em semáforos e organizando o fluxo em corredores exclusivos. Com isso, veículos que antes paravam até seis vezes a cada dez cruzamentos agora completam trajetos com, no máximo, uma parada. A velocidade média subiu de 15 km/h para 22 km/h, com meta de chegar a 25 km/h.

Transporte mais rápido e confortável

A tecnologia já está em operação no trecho entre o Terminal Novo Mundo e a Praça da Bíblia, e entre o Terminal Isidória e a Praça Cívica. O próximo a receber o sistema será o percurso de 6 km entre a Praça da Bíblia e a Praça A, previsto para funcionar até o fim do segundo semestre. O plano prevê também a implantação em 200 km de corredores nos próximos quatro anos.

Outras ações complementam a transformação: onda verde com semáforos sincronizados, liberação de faixas para motos, destravamento de 80 cruzamentos com “direita livre” e renovação da frota, com veículos mais rápidos e equipados com ar-condicionado. Também houve retirada de obstáculos urbanos, como contêineres de obras que atrapalhavam o tráfego nas ruas estreitas de Goiânia.

Integração metropolitana e tarifa acessível no transporte público de Goiânia

O investimento, de R$ 2,1 bilhões em recursos privados, contempla 36 corredores exclusivos para ônibus e bicicletas, integração com sistemas de bikes compartilhadas e incentivo à mobilidade ativa. O objetivo é modernizar a malha de transporte, aumentar a eficiência e reduzir impactos ambientais.

A capital integra a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), que conecta 21 municípios e 2,5 milhões de habitantes em mais de 7.000 km². São 299 linhas com tarifa única pelo Bilhete Único Metropolitano. O subsídio da passagem é compartilhado entre Estado, capital e cidades vizinhas, garantindo uma das tarifas mais baixas do país.

“Sou fã de transporte, fui dono de fábrica e tínhamos mais de 800 caminhões de entrega. Sempre estudei logística, custos, e reclamava das cidades em que o trânsito não andava. Aí quando me tornei prefeito me comprometi a colocar em prática tudo o que pensava de bom. Tem solução, tem condição de melhorar, o transporte público precisa ser olhado por outro ângulo, com olhar para a eficiência”, afirmou o prefeito Sandro Mabel.

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