Doença silenciosa afeta milhões e pode comprometer a saúde cardiovascular se não for tratada corretamente
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica, segundo informou um porta-voz da Casa Branca. O quadro exige atenção médica contínua e afeta diretamente o sistema vascular das pernas, podendo comprometer a qualidade de vida do paciente.
A doença, apesar de comum, muitas vezes é subestimada. Segundo o cirurgião vascular Caio Focassio, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, trata-se de uma condição progressiva que prejudica o retorno do sangue das pernas ao coração. “É como um engarrafamento no sistema venoso”, afirmou ao portal Terra.
Trump, que tem 78 anos, se encaixa em um grupo de risco devido à idade avançada, rotinas estressantes, histórico de viagens longas e possível inatividade física — fatores que agravam a situação e aumentam as chances de evolução da doença.
Entre os principais sintomas estão o inchaço nas pernas e tornozelos, principalmente ao fim do dia, além de sensação de peso, queimação, coceira, escurecimento da pele e até mesmo úlceras de difícil cicatrização nos casos mais severos.
A insuficiência venosa crônica provoca pressão e dilatação das veias, desencadeando processos inflamatórios e dor local. “Com o tempo, esse acúmulo gera sintomas que afetam a mobilidade, o bem-estar e até a saúde cardiovascular do paciente”, explica Focassio.
A visibilidade de veias aparentes e varizes também é um sinal claro do avanço da doença. Quando não tratada, a condição pode limitar movimentos e impactar a vida cotidiana de forma significativa.
Apesar dos riscos, a condição é tratável. O especialista afirma que os cuidados dependem do grau de progressão. “Casos mais graves podem exigir repouso, por exemplo, ou até cirurgia para tratamento”, destacou ao portal Terra.
Em fases iniciais, medidas simples como o uso de meias de compressão, elevação das pernas e exercícios físicos regulares, especialmente caminhadas, já contribuem para a melhora. Mudanças no estilo de vida, como controle de peso e evitar longos períodos sentado ou em pé, também são indicadas.
Quando a doença está mais avançada, médicos podem recorrer a tratamentos clínicos com medicamentos venotônicos, além de intervenções cirúrgicas ou minimamente invasivas, como laser endovenoso, escleroterapia e retirada de veias comprometidas.
Focassio reforça que o acompanhamento vascular contínuo é indispensável para conter a progressão da insuficiência. A resposta ao tratamento é gradual, mas perceptível quando há adesão às orientações médicas.
Para evitar o surgimento do quadro, recomenda-se manter o peso adequado, praticar atividades físicas e estar atento ao histórico familiar. “Para homens como Trump, que têm uma rotina intensa, histórico de viagens longas e idade avançada, os riscos são maiores ainda”, alerta o médico.
Mesmo sendo uma doença comum, a insuficiência venosa crônica pode trazer impactos sérios à saúde se não for tratada com responsabilidade. A detecção precoce e a adoção de um estilo de vida saudável continuam sendo as melhores armas contra esse problema silencioso.
Com informações do portal Terra.
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Biólogo por formação, atualmente cursando Engenharia Ambiental. Apreciador de filmes e jogos de vários gêneros. Começou a escrever web novels, até chegar a posição de repórter.
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