Veja regras para viajar com animais para destinos internacionais

Especialista dá dicas de segurança para viagem tranquila

Veja o que é necessário para viagem internacional com animais (Foto: Cobasi)

Com o aumento expressivo de viagens internacionais para turismo, levando cerca de 21,2 milhões de brasileiros ao exterior em 2023, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), muitas pessoas estão considerando levar seus animais de estimação. No entanto, as regras para transportar pets entre países podem parecer confusas para quem está começando a planejar sua viagem. Embora o processo envolva uma série de documentos e regulamentações, seguir as exigências torna a viagem com o pet totalmente possível.

Levar um animal para o exterior requer atenção às leis específicas de cada país. Segundo Wagner Pontes, fundador e CEO da assessoria imigratória D4U Immigration, essas regras variam conforme o destino. “Nos EUA, por exemplo, quem define as obrigações de entrada de animais é o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)”, explica Pontes.

Para quem deseja levar o cachorro para os Estados Unidos, é importante estar atento às regras mais rígidas, especialmente para animais provenientes de países com alto risco de raiva, como o Brasil. “Seu pet precisa ter mais de seis meses de idade, além de contar com um microchip compatível com o padrão ISO 11784/11785. É indispensável apresentar também um certificado de vacinação antirrábica válido emitido nos EUA”, detalha Pontes.

O não cumprimento dessas normas pode resultar na devolução do animal ao país de origem, sendo o custo arcado pelo próprio dono. Além disso, Pontes destaca que também é necessário observar as regulamentações adicionais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e as regras específicas de cada estado ou cidade.

Veja quais são os documentos necessários para viajar com animais para o exterior:

  • Certificado Veterinário Internacional (CVI): O documento comprova que o animal está saudável e apto para viajar. Emitido por um veterinário licenciado, o CVI traz informações sobre vacinas e tratamentos que o pet possa estar recebendo.
  • Microchip compatível com ISO: Um microchip ISO-compatível é obrigatório para a entrada de animais nos EUA. O chip, implantado sob a pele do animal, armazena dados essenciais sobre ele e seu dono.
  • Atestado de saúde do pet: Além do CVI, um atestado de saúde assinado por um veterinário é necessário para garantir que o pet não apresenta doenças contagiosas.
  • Carteira de vacinação atualizada: A carteira deve incluir todas as vacinas, com destaque para a vacina antirrábica, que é obrigatória em diversos países.

Pontes também alerta sobre cuidados logísticos que ajudam a minimizar o estresse dos pets durante a viagem. “Tente reservar um voo direto, sempre que possível, para reduzir o tempo de viagem do animal. Além disso, é essencial adquirir uma caixa de transporte que atenda às normas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA)”, orienta. Ele sugere ainda que os tutores acostumem seus animais à caixa de transporte com antecedência.

Outro ponto a ser observado são as restrições de raça e condições de saúde para viajar com os animais “Algumas raças, como os braquicefálicos (pugs e bulldogs), podem enfrentar restrições por questões de saúde durante o voo. Verifique se a raça do seu pet está sujeita a essas limitações”, conclui Pontes.

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Autor: Pollyana Cicatelli

Jornalista com pós-graduação em Comunicação Organizacional e especialista em Cultura, Arte e Entretenimento. Com ampla experiência em assessoria de imprensa para eventos, também compôs redações de vários veículos de comunicação. Já atuou como agente de viagens e agora se aventura no cinema como roteirista e diretora de animação.

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