Daniel Craig retorna à Netflix em mistério sombrio que mistura fé, crime e redenção

Novo capítulo de "Knives Out" aposta em assassinato impossível e personagem inesperado

Filme Vivo ou Morto Um Mistério Knives Out traz padre como suspeito e mistérios sobre o passado

Daniel Craig reassume o papel do detetive Benoit Blanc em “Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out”, sob comando criativo de Rian Johnson. O novo filme aposta em um crime perturbador ocorrido dentro de uma igreja, em uma pequena cidade americana, cenário central da investigação mais obscura da franquia.

Inspirado em histórias de Edgar Allan Poe e nos enigmas morais do Padre Brown, de G.K. Chesterton, o longa amplia o tom reflexivo. “Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out” é o terceiro título do universo “Knives Out”, mantendo o suspense clássico enquanto mergulha em temas de fé, culpa e escolhas humanas.

“Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out” traz um assassinato impossível no coração da cidade

A tranquilidade local se rompe quando Monsenhor Jefferson Wicks, interpretado por Josh Brolin, aparece morto com uma adaga cravada nas costas. Diante do crime aparentemente inexplicável, a chefe de polícia chama Benoit Blanc para conduzir o caso que desafia lógica e crenças.

O detetive logo percebe que o mistério vai além de pistas materiais e envolve segredos antigos da comunidade. Entre os suspeitos, surge o jovem padre Jud Duplenticy, vivido por Josh O’Connor, figura central na narrativa.

O padre que foge do óbvio

Jud se destaca por rejeitar julgamentos rápidos e responder à violência com empatia em “Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out”. Sua fé é apresentada como abrigo coletivo, simples e caloroso, distante de dogmas rígidos e discursos vazios.

O’Connor constrói um personagem humano, capaz de acolher mesmo em meio à desconfiança crescente ao seu redor. “Ele é algo genuíno. Como uma canja de galinha reconfortante ou um ensopado irlandês”, diz O’Connor a Tudum. “Algo substancioso e saudável, que alimenta e aquece o coração.”

Um passado que insiste em permanecer em “Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out”

Antes da tudo, Jud foi boxeador profissional, marcado por tatuagens e por um episódio que mudou sua trajetória para sempre. Ele abandonou os ringues após matar um adversário durante uma luta, fato que o levou a buscar sentido na espiritualidade.

Agora padre no interior de Nova York, torna-se alvo da investigação de Blanc, que percebe contradições em seu comportamento. “Lembro-me de um professor que tive na escola de teatro — qualquer que fosse o papel que você estivesse interpretando, ele perguntava: ‘Qual é o segredo deles?’”, diz O’Connor sobre “Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out”.

Culpa, fé e escolhas diárias

Em “Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out”, Jud reconhece que a tragédia foi resultado direto de sua própria fúria.

Ele entende que nada pode apagar o ocorrido, mas encontra conforto na ideia de ser amado mesmo nos piores momentos. “O padre Jud não está se escondendo. Ele é extremamente honesto sobre suas falhas”, diz O’Connor.

“Como ele mesmo diria, existe essa parte incômoda dele, uma violência natural que está fervilhando por baixo da superfície.”

O símbolo que revela conflitos internos

Ao chegar à fictícia Chimney Rock, Jud carrega no pescoço uma tatuagem visível sob a gola clerical. O detalhe foi pensado em conjunto com Rian Johnson para mostrar que o passado não foi apagado, apenas confrontado.

“Eu realmente adorei a ideia de estar com esse uniforme de padre bastante formal, com a gola alta — e aí surge um pedacinho do passado dele”, diz O’Connor.

“É assim que o Padre Jud tenta ser essa versão de si mesmo. Ele não nega o passado, por isso ainda tem a tatuagem. Mas a raiva ainda está lá.”

O longa “Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out”está disponível no catálogo da Netflix.

Assista ao trailer

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Autor: João Pedro Oliveira

Apreciador de boas histórias, filmes e games. Repórter no portal Gazeta Culturismo.

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