Goiás expande programa para jovem aprendiz e terá maior número de vagas do país até 2026

O Governo de Goiás deu um passo ousado na inclusão social e profissional de jovens com o anúncio da ampliação do programa Aprendiz do Futuro. O número de vagas saltará de 6.250 para 10 mil, conforme divulgado pelo governador Ronaldo Caiado durante evento no Teatro Rio Vermelho, em Goiânia. Na cerimônia, 561 novos aprendizes foram apresentados ao público e receberam as boas-vindas da primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado.

Na ocasião, Caiado reforçou o objetivo do programa ao estimular os jovens a valorizarem a formação profissional e o esforço pessoal. “O Aprendiz do Futuro é um diferencial enorme, porque são portas que vão se abrir. Eu quero ver a determinação e a vontade de vocês, porque é na dificuldade que vão se transformar em uma referência profissional amanhã. O meu conselho é que estudem, porque não têm como se destacar sem dedicação“, declarou.

Gracinha ressaltou o impacto social da iniciativa e afirmou que a ampliação é fruto de alianças estratégicas. “O Aprendiz do Futuro nasceu com um propósito de abrir portas para a juventude do nosso Estado. Ele foi criado para ser grande e, acima de tudo, para ser transformador. Por isso, vamos ampliar o Aprendiz do Futuro. São oportunidades reais, novas histórias e jovens do futuro. Essa expansão só é possível porque temos grandes parceiros ao nosso lado”, enfatizou.

Mais cidades, mais vidas transformadas

Durante o evento, foi formalizada uma nova parceria entre o Governo de Goiás e a Renapsi, entidade responsável pela operacionalização do programa. O termo de cooperação garante a ampliação imediata das vagas e fortalece o modelo de socioaprendizagem adotado pelo estado. Os jovens selecionados atuarão em órgãos públicos, com jornada de meio período, recebendo meio salário mínimo, além de benefícios como vale-alimentação, vale-transporte, seguro de vida, férias e 13º salário.

O público-alvo é formado por adolescentes entre 14 e 15 anos, matriculados em escolas públicas ou bolsistas integrais da rede privada. A renda familiar máxima permitida é de dois salários mínimos ou meio salário por pessoa. O programa, criado em 2021, já alcançou 246 municípios e impactou a vida de mais de 13 mil jovens em situação de vulnerabilidade social.

O vice-governador Daniel Vilela destacou o papel transformador da iniciativa, incentivando os aprendizes a desenvolverem suas habilidades interpessoais. “Você precisa aproveitar essa chance e ser proativo para poder treinar e adquirir novos conhecimentos. O Aprendiz do Futuro abre caminhos para desenvolverem a habilidade da comunicação”, disse.

Inclusão é prioridade

O secretário de Desenvolvimento Social de Goiás, Wellington Matos, reforçou que o programa dá prioridade a grupos historicamente marginalizados. “O programa prioritário aqueles que até um tempo atrás eram invisíveis pelos governos: jovens indígenas, jovens quilombolas, ciganos, afrodescendentes, adolescentes que estão em acolhimento institucional ou em cumprimento de medidas socioeducativas. Também dedicamos atenção especial aos jovens que perderam os pais durante a pandemia do Covid. Reservamos cotas para pessoas com deficiência, pois inclusão não é uma concessão, mas sim, um direito fundamental“, afirmou.

A presidente da Renapsi, Maria Raquel Barbosa, celebrou o reconhecimento nacional do modelo goiano. “A socioaprendizagem é aquilo que garante ao jovem na escola para a sua formação no ensino formal, no trabalho, na formação de renda, que é o interesse e a necessidade de todos nós”, ressaltou.

Uma novidade destacada no evento foi a integração do programa à administração municipal de Goiânia. Cerca de 500 jovens serão alocados em setores da prefeitura, graças a uma articulação inédita. “O Aprendiz do Futuro, nesses anos de funcionamento, nunca conseguiu lotar nenhum jovem na administração municipal da capital. Era a única prefeitura que faltava ter o programa, mas agora teremos cerca de 500 jovens”, comemorou Wellington Matos.

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