Autor estreia obra literária no dia 20 de setembro, no projeto Circo Favela
O circo vem se tornando um território de tensões criativas, entre tradição e contemporaneidade, entre a memória das famílias circenses que cruzaram gerações e os novos artistas que chegam de outros contextos sociais, acadêmicos e culturais. É nesse ponto de encontro que se inscreve o livro “O Que (Não) É Circo?”, de Jonathan Sena, que será lançado no dia 20 de setembro, durante a segunda edição do Circo Favela – Festival Internacional de Circo Contemp orâneo para a Periferia, realizado em Goiânia.
A obra não se limita a registrar fatos ou catalogar técnicas. Ela abre uma conversa necessária: afinal, o que define o circo? Quem tem o direito de ser chamado de artista circense? Onde começa e onde termina essa arte milenar, marcada tanto pelo improviso popular quanto por uma crescente profissionalização acadêmica?
Ao refletir sobre esses dilemas, Sena aponta para um fenômeno que já não pode ser ignorado: o crescimento do número de artistas vindos de fora das famílias tradicionais de circo. Esse movimento, longe de ameaçar a essência circense, mostra justamente sua vitalidade. O circo, assim como outras expressões culturais, nunca foi estático. Ele se reinventa nas cidades, nas praças, nas lonas e, reinventa-se agora diante das universidades, dos editais e das periferias urbanas.
O título provocativo do livro, com seu parêntese evidente — “O Que (Não) É Circo?” —, convida o leitor à dúvida. Talvez seja impossível responder de forma definitiva. Mas é justamente nesse espaço de indagação que o circo se afirma como uma arte de fronteira, atravessada pela tradição, mas aberta ao novo.
Jonathan Sena é natural de Goiânia (GO), graduado em Artes Cênicas pela UFG, especialista em Educação Física Escolar e mestre em Artes da Cena. É também artista, professor e pesquisador do circo, do teatro, do riso e do cômico, atuante na docência circense goiana.
Ler “O Que (Não) É Circo?” é aceitar o convite de olhar para essa arte em constante movimento, que resiste ao apagamento e desafia rótulos. Talvez sua força esteja justamente em permanecer inacabado, vivo, sempre em transformação. Saiba mais sobre o autor e o lançamento do livro no instagram @circofavela.
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Mari Magalhães é jornalista, roteirista, assessora de imprensa e fotodocumentarista com mais de 10 anos de atuação na cultura goiana Seu foco está voltado para novos talentos da música urbana contemporânea, cinema e atividades da cena underground. Contato:[email protected]
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