Mais de 80% dos brasileiros fazem compras online, mas insegurança digital tem forte presença, aponta estudo

Levantamento da Serasa Experian mostra que consumo digital se tornou hábito, mas fraudes afastam consumidores de sites e aplicativos

Insegurança digital tem forte presença entre brasileiros (Foto: Pixabay)

O comércio eletrônico está mais presente do que nunca no dia a dia dos brasileiros e, junto dele, a insegurança digital. Um levantamento recente da Serasa Experian, divulgado no Relatório de Identidade e Fraude 2025, revela que 82% dos consumidores fazem pelo menos uma compra online por mês. O dado mostra que a compra digital não depende mais apenas de grandes promoções, como Black Friday ou Dia das Mães.

Segundo o diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, o mercado precisa estar preparado para garantir segurança o tempo todo. “A alta recorrência nas compras online exige que as empresas sejam preparadas para proteger seus clientes em qualquer etapa da jornada, e não apenas em grandes eventos do varejo”, destaca.

Ainda de acordo com ele, “nossas soluções antifraude são projetadas justamente para equilibrar segurança e experiência, apoiando tanto consumidores quanto negócios na construção de um ambiente digital mais confiável”. Mesmo com a rotina digital consolidada, 48,1% dos entrevistados afirmaram já ter abandonado uma compra por não confiar no site ou aplicativo. O número revela um problema crítico no setor: a falta de credibilidade, que ainda é uma barreira forte.

Perfil do consumidor revela novos protagonistas digitais

O levantamento mostra que as mulheres lideram o comércio digital em quase todas as categorias. Elas são maioria na compra de roupas, eletrônicos, itens de beleza e bem-estar. A pesquisa apontou que 66,3% das mulheres adquirem esses produtos, contra 52,9% dos homens. Além disso, elas também se destacam em serviços como venda de itens usados e pedidos de comida via aplicativo.

Entre os homens, o comportamento é diferente, uma vez que a liderança se concentra em apenas três frentes: apostas esportivas, jogos online e solicitação de cartões de crédito.

Já no recorte socioeconômico, a Classe A é quem mais consome digitalmente, especialmente em categorias como compra de mantimentos e produtos culturais.

A Classe C começa a ganhar espaço em algumas áreas, como leitura e entretenimento. A pesquisa revela um crescimento de quase dez pontos percentuais nesse segmento, indicando uma democratização do acesso à cultura digital.

Segurança digital ainda é desafio em meio à expansão

Apesar de 33,4% dos brasileiros realizarem entre duas e três compras online por mês, a confiança nos sites é frágil. Além da falta de segurança, o frete alto lidera a lista de motivos para o abandono do carrinho. O relatório também aponta que 51% dos consumidores já foram vítimas de algum tipo de fraude.

Os golpes mais comuns envolvem promoções falsas, roubo de dados em redes sociais e sites fraudulentos. Com a intensificação do tráfego em datas especiais, os criminosos se aproveitam da alta movimentação para aplicar golpes.

Para evitar riscos, Rocha aconselha: “para os consumidores, é essencial conferir a confiança das lojas, desconfiar de ofertas boas demais para ser verdade, evitar clicar em links suspeitos e cadastrar suas chaves pix apenas nos canais oficiais dos bancos”.

“As camadas múltiplas de verificação de identidade são importantes para combater esse cenário de insegurança. Ao combinar biometria, inteligência de dispositivos e validação cadastral em diferentes etapas da jornada, conseguimos ampliar a segurança e fortalecer a confiança no ambiente digital”, finaliza o diretor.

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