Entenda as regras, o público e a proposta desses espaços de liberdade
Os hotéis e pousadas liberais estão entre os destinos mais procurados por quem deseja explorar relacionamentos alternativos, como o poliamor e o swing. Embora o público predominante tenha entre 30 e 60 anos, os jovens também estão marcando presença, desafiando estereótipos e preconceitos.
Os hotéis liberais, como a RioZin Pousada Liberal (RJ), oferecem um ambiente onde a convivência respeitosa e a liberdade individual são prioritárias. Mais do que um local para encontros íntimos, são espaços que promovem a troca de ideias, o fortalecimento de laços e o respeito pelas diferenças, mostrando que, no universo liberal, o que realmente importa é o consentimento e a liberdade de escolha.
A seguir, confira os principais mitos e verdades sobre o universo dos hotéis liberais:
Embora o público principal seja formado por pessoas mais maduras, jovens também frequentam esses ambientes. Eles buscam explorar experiências consensuais e fugir do modelo tradicional de relacionamentos. Essa diversidade enriquece a convivência e amplia as possibilidades para todos.
Ao contrário do que muitos acreditam, as regras são essenciais nesses espaços. O consentimento mútuo, o respeito pelos limites e a comunicação clara são pilares fundamentais. Como explica Jane Brito, sócia da RioZin Pousada Liberal: “Não existe nada sem regras. No swing, cada casal define seus limites e respeita o espaço do outro. A comunicação é o pilar de tudo. O importante é saber o que cada um quer e ter claro o que não quer. A frase ‘não é não’ nunca perde a validade.”
Na realidade, a maioria dos frequentadores desses locais são casais bem resolvidos, que querem fortalecer a relação e explorar novas formas de prazer. Esses espaços oferecem uma oportunidade para tornar a relação mais transparente e aberta, permitindo a vivência de fantasias em conjunto.
A privacidade é uma prioridade nesses ambientes, e fotos ou vídeos sem autorização são terminantemente proibidos. Contudo, há exceções: na RioZin, por exemplo, é permitido registrar imagens em áreas específicas, como cabines privativas ou espaços onde outros clientes não aparecem. A dica é garantir que os registros respeitem os limites de todos, preservando a intimidade.
Embora seja comum associar hotéis liberais exclusivamente ao sexo, esses espaços vão além. Muitas pessoas buscam o convívio com quem compartilha a mesma visão de liberdade, criando um ambiente leve e descontraído. É uma oportunidade para socializar, fazer amizades, trocar experiências e, claro, explorar diferentes formas de conexão, seja emocional ou física.
Lá fora, destinos como o Hedonism II, na Jamaica, e a rede Desire, no México, são referências quando o assunto é hospedagem voltada para casais liberais. Além disso, cruzeiros como o Bliss Cruise, nos Estados Unidos, promovem viagens temáticas exclusivas para esse público, oferecendo experiências imersivas e sofisticadas. A região de Cancún se consolidou como um dos principais pontos de interesse para o segmento, atraindo visitantes do mundo todo.
No Brasil, esse nicho começa a crescer de forma expressiva. Praia de Pipa (RN), litoral da Paraíba e algumas regiões de São Paulo já contam com pousadas e clubes voltados para esse público. Com regras claras de respeito, muitos desses espaços permitem apenas a entrada de casais e possuem políticas rigorosas de privacidade, incluindo a proibição do uso de celulares em determinadas áreas. O objetivo é garantir um ambiente seguro, livre de julgamentos e baseado no consentimento mútuo.
Um dos destaques recentes no Brasil é o Hotel RioZin, no Rio de Janeiro, considerado o primeiro hotel liberal da capital. Com um conceito que une sofisticação, segurança e liberdade, o local chamou atenção durante o Carnaval 2025, quando promoveu uma série de eventos temáticos voltados exclusivamente para casais liberais. O sucesso foi tão grande que as festas viralizaram nas redes sociais, com elogios ao padrão elevado de suas instalações e serviços.
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Jornalista pós-graduada em Comunicação Organizacional e especialista em Cultura, Arte e Entretenimento. Com ampla experiência em assessoria de imprensa para eventos, também compôs redações de vários veículos de comunicação. Já atuou como agente de viagens e agora se aventura no cinema como roteirista de animação.
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