O primeiro trailer de “O Testamento de Ann Lee” foi divulgado e marca o retorno de Mona Fastvold aos cinemas em 2026. A produção apresenta Amanda Seyfried como Ann Lee, figura central de uma comunidade religiosa que buscou criar uma utopia espiritual nos Estados Unidos.
A prévia destaca a intensidade da protagonista, que liderou os Shakers e conquistou seguidores ao defender igualdade de gênero e justiça social. O filme usa canções tradicionais do grupo, reinventadas em sequências de dança conduzidas por Celia Rowlson Hall, ao lado da trilha original criada por Daniel Blumberg.
A diretora retoma a parceria com Brady Corbet no roteiro e reúne um grupo robusto de produtores de títulos como “O Brutalista”, “As Gêmeas Silenciosas” e “O Corpo que Habito”. A promessa é de uma narrativa sensorial que mistura devoção, exaustão emocional e disputas internas.
Além de Seyfried, o elenco de “O Testamento de Ann Lee” traz Thomasin McKenzie de Noite Passada em Soho, Lewis Pullman de Thunderbolts*, Tim Blake Nelson de O Incrível Hulk, Christopher Abbott de Lobisomem e Stacy Martin de O Brutalista.
No longa, Seyfried interpreta a líder que muitos seguidores acreditavam ser a segunda vinda de Cristo em forma feminina. A história acompanha sua infância marcada por visões, os primeiros passos na fé e os conflitos religiosos na Inglaterra, além da complexa relação com o irmão William vivido por Lewis Pullman.
A atuação de Seyfried é apontada como o grande trunfo da produção. A atriz domina as cenas de pregação, momentos de arrebatamento espiritual e passagens musicais que reforçam sua expressividade. O filme O Testamento de Ann Lee” constrói um estudo de personagem que aprofunda o peso das expectativas sociais sobre as mulheres do período e suas escolhas dentro de um movimento que defendia celibato e disciplina rigorosa.
O filme alcançou 89% de aprovação no Rotten Tomatoes e recebeu elogios pela força narrativa e pela entrega de Amanda Seyfried como Ann Lee. Especialistas destacam a capacidade da obra de transformar elementos históricos em drama íntimo e vigoroso.
O lançamento de O Testamento de Ann Lee” nos cinemas brasileiros está previsto para 12 de março de 2026, posicionando o título entre as estreias mais aguardadas do início do ano.
Ann Lee nasceu em 1736 em Manchester e cresceu em meio à pobreza e ao trabalho pesado nas fábricas de algodão. A religiosidade a acompanhou desde cedo e sua vida familiar foi marcada por um casamento forçado com o ferreiro Abraham Stanley e pela perda de quatro filhos ainda na infância.
A perseguição religiosa na Inglaterra levou Lee e outros oito seguidores a deixarem o país em 1774. Dois anos depois, já nas colônias americanas, o grupo fundou a primeira comunidade Shaker perto de Albany, em Nova York. Ann se tornou a líder espiritual do movimento e passou a ser chamada de Mãe por seus discípulos.
Os Shakers defendiam celibato, vida comunitária e rígidos rituais de dança que acabaram dando nome ao grupo. O número de convertidos cresceu rapidamente e consolidou Ann Lee como uma das figuras religiosas mais influentes de sua época.
Ann Lee morreu em 1784, mas seus ensinamentos seguiram vivos na organização das comunidades Shaker. O movimento deixou uma herança marcada pela defesa da igualdade entre homens e mulheres, pela busca de justiça econômica e pela tolerância religiosa, mesmo com sua base celibatária.
Sua trajetória continua a inspirar pesquisas históricas e agora retorna ao centro da cultura pop com o novo filme “O Testamento de Ann Lee” de Mona Fastvold, que amplia o interesse do público pela complexa e fascinante líder espiritual.
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