Balonismo conquista turistas e exige atenção a regras técnicas e cuidados com o clima
Voar de balão se tornou uma experiência desejada por turistas em cidades como Boituva (SP), Pirenópolis (GO) e Chapada Diamantina (BA), especialmente entre maio e setembro. A prática vem crescendo como uma forma de turismo contemplativo, aliando aventura, natureza e sensação de liberdade. Mas antes de decolar, é essencial estar atento a uma série de cuidados.
Embora a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) regulamente a atividade, os voos comerciais de balão no Brasil ainda não são oficialmente certificados. Atualmente, a maioria das operações ocorre sob registro desportivo, com pilotos habilitados, mas sem o Certificado de Operador de Balonismo (COB), exigido para operações comerciais.
Boituva, no interior paulista, é um dos principais destinos para balonismo no Brasil. A cidade, a 120 km de São Paulo, tem operadores experientes e estrutura turística preparada para receber os visitantes. O céu colorido por balões é atração frequente aos fins de semana, e o Campeonato Nacional de Balonismo é um dos mais tradicionais do país.
Em Pirenópolis, o balonismo virou atração turística nos últimos anos. A cidade goiana, conhecida por suas cachoeiras e arquitetura colonial, passou a oferecer voos panorâmicos ao nascer do sol, integrando a experiência ao ecoturismo. A procura tem aumentado, especialmente em datas comemorativas e feriados.
Na Bahia, a Chapada Diamantina oferece paisagens espetaculares vistas do alto. Operadores locais relatam aumento no número de turistas interessados no passeio.
As condições climáticas são decisivas para a realização dos voos. Os balões geralmente decolam nas primeiras horas da manhã, quando o vento é mais calmo e a temperatura do ar é estável. Ventos fortes, chuvas ou baixa visibilidade impedem a decolagem.
Antes de escolher a empresa, é importante verificar se os pilotos têm licença válida de balonismo desportivo, concedida por entidades como a Confederação Brasileira de Balonismo (CBB). O passageiro também deve confirmar se o balão passou por manutenção recente e se os equipamentos estão em dia.
Outro ponto fundamental é o briefing de segurança antes do voo, que deve ser respeitado à risca. O uso de cinto é obrigatório e, em caso de pouso mais brusco, saber como agir pode evitar lesões. Roupas confortáveis, sapatos fechados e cabelos presos também são recomendados.
Grávidas, pessoas com labirintite, problemas cardíacos ou medo de altura devem consultar um médico antes de agendar um voo de balão. Crianças podem participar do passeio, mas a altura mínima para embarcar costuma ser de 1,20 metro, variando conforme a operadora.
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