Pequi: fruto típico goiano ganha nova lei de proteção e manejo sustentável

Além de proteger o meio ambiente, nova lei também promove o manejo sustentável do fruto

Sua polpa amarelada, envolta por espinhos, se transformou em um ingrediente fundamental da culinária goiana (Foto: Alexandre Paes)

Goiás respira pequi, e esse fruto é o representante do Cerrado. Considerado o “ouro do Cerrado”, o fruto marcante, com aroma forte e sabor único, ultrapassa os limites da culinária e se torna um símbolo de identidade para o povo goiano. Agora, com a nova legislação que visa proteger os pequizeiros, o pequi recebe um reforço importante no combate ao desmatamento e à exploração predatória. Isso permite que essa riqueza natural continue sendo um ícone cultural e econômico do estado.

Sua polpa amarelada, envolta por espinhos, se transformou em um ingrediente fundamental da culinária goiana. É indispensável em pratos tradicionais como o arroz com pequi e o frango caipira. Entretanto, sua importância não está apenas no sabor, mas também no significado cultural que carrega. O pequi representa histórias, tradições e uma conexão com a terra que vai muito além da mesa.

Os goianos costumam dizer: “Pequi não se come, se namora.” Esta é uma referência à técnica cuidadosa de degustação que envolve a delicadeza de retirar os espinhos da semente. Isto sem perder o prazer do sabor. Essa relação afetuosa com o fruto faz da sua preservação uma questão de grande importância para a população local.

Nova legislação: proteção e manejo sustentável do Pequi

A exploração predatória do pequi, ao longo dos anos, colocou em risco os pequizeiros nativos. Como resposta a essa ameaça, foi sancionada uma nova lei federal. Ela proíbe o corte de árvores e regulamenta a coleta do fruto. Tornou ilegal qualquer atividade que envolva o desmatamento dos pequizeiros ou a extração excessiva de pequis sem autorização prévia. A legislação agora estabelece sanções severas para quem infringir essas normas.

Além de proteger o meio ambiente, a nova lei também promove o manejo sustentável do pequi. Ela incentiva a conservação das áreas de Cerrado e promove práticas de extrativismo conscientes. A engenheira florestal Ana Paula Mendes destaca que “essa lei chega em um momento crucial. Precisamos equilibrar a tradição do consumo do pequi com a necessidade de manter os pequizeiros vivos para as futuras gerações.”

O pequi, além de ser um ícone cultural, desempenha um papel significativo na economia goiana. O fruto é utilizado na produção de óleos, cosméticos e até biodiesel. Pequenos produtores, além de cooperativas, têm ampliado suas atividades para atender à demanda crescente, especialmente em outras regiões do Brasil.

Na gastronomia, chefs renomados têm experimentado novas formas de incorporar o pequi a pratos sofisticados, doces e até bebidas. Isso eleva o fruto a um nível gourmet. A crescente valorização do pequi, dentro e fora de Goiás, reforça seu potencial comercial. Isso o transforma em uma verdadeira riqueza gourmet.

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Autor: Alexandre  Paes

Jornalista com pós-graduação em Marketing Digital e Branding. Possui ampla experiência em telejornalismo, tendo integrado redações de diversos veículos de comunicação. Atuou como repórter de campo e, atualmente, dedica-se ao universo do turismo, entretenimento e cultura, explorando novas narrativas e conexões.

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