Romaria do Divino Pai Eterno de Trindade ganha documentário

A tradicional Romaria do Divino Pai Eterno, de Trindade, acaba de ganhar um filme documentário. O longa-metragem, intitulado “Carreiros, candeeiros e seus carros de bois: Os saberes e fazeres em épicas jornadas à romaria do Divino Pai Eterno em Trindade/Goiás”, é idealizado pelo cineasta Pedro Diniz e realizado pela produtora Altosplanos Produções Audiovisuais. Com financiamento da Lei Federal Paulo Gustavo, operacionalizada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o filme já está sendo exibido em sessões exclusivas para carreiros de diversas cidades de Goiás.

O documentário tem como foco a Romaria de Carros de Bois da Festa do Divino Pai Eterno de Trindade, um evento reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro. Pedro Diniz destaca a abordagem pioneira da produção.  “Até então, não se tinha um documentário que revelasse toda a saga dos carreiros. Os momentos de preparação e reparação dos carros de boi, a confecção das ‘matulas’, o envolvimento familiar, a labuta, os vários pousos desde a saída das suas cidades de origem até a chegada ao Divino Pai Eterno e a participação na missa dos carreiros”, afirma o diretor.

Uma jornada de quase uma década

O projeto teve início em 2014, quando Diniz começou a registrar, por meio de imagens e áudio, os movimentos dos carros de bois desde a região do entorno do Pico dos Pireneus até Trindade. Esses registros resultaram em dois curta-metragens: “Ainda Existe” (2015) e “A Caminhada da Fé” (2018). Em 2024, o trabalho culminou no lançamento do longa-metragem, que aprofunda o olhar sobre os saberes e fazeres dessa tradição.

Exibições

O filme já foi apresentado em municípios como Posse d’Abadia, Abadiânia, Corumbá de Goiás, Pirenópolis, Alexânia, Olhos d’Água, Ouro Verde, e Goiânia. Em janeiro, como parte das celebrações a São Sebastião, novas exibições estão programadas: Abadiânia Velha (17/01), Alexânia (19/01) e a Fazenda do Sr. Vardim, nos arredores de Pirenópolis (23/01).

Pedro Diniz reforça o caráter participativo do projeto. “Recebemos depoimentos muito interessantes após as exibições, e a aceitação está sendo boa. A recepção do filme, voltado aos carreiros, é que eles mesmos já começam a criar a agenda de onde nós vamos apresentar o nosso filme, o filme já virou deles”, conclui o cineasta.

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