Belém lança rotas inéditas da bioeconomia para receber visitantes da COP30 e celebrar a Amazônia viva
Belém se prepara para viver dias históricos. A capital paraense será palco da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) e, a poucos dias do evento, o Pará lançou uma iniciativa que promete encantar os mais de 40 mil visitantes esperados. Em um encontro realizado no Complexo Porto Futuro, autoridades, empreendedores e representantes da Associação dos Negócios de Sociobioeconomia da Amazônia (ASSOBIO) apresentaram as 11 “Rotas da Bioeconomia”, experiências criadas para conectar o público à essência da floresta e aos protagonistas que vivem dela.
As rotas permitem que os visitantes conheçam de perto cadeias produtivas de empresas como Manioca, Da Cruz, Meu Garoto, Blaus, Da Tribu, Filha do Cumbu, Uruçun, AMZ Tropical, Cacauaré e Jucarepa, todas integrantes da ASSOBIO. São mais de 450 saídas ao longo de novembro, com roteiros que variam de 1 a 7 horas de duração. Cada experiência comporta, em média, 23 participantes e o investimento vai de R$ 50 a R$ 560 por pessoa, com opção de parcelamento.
“Mostrar a sociobioeconomia da região Norte é valorizar o que a Amazônia tem de mais precioso: as pessoas, os saberes e os sabores da floresta. Cada produto conta uma história de sustentabilidade, cultura e vida. As rotas são essenciais porque movimentam a economia local e mantêm o valor dentro da região. Elas fortalecem produtores, criam oportunidades e fazem a floresta girar de forma sustentável”, afirma Mauro Valério, diretor da Blaus, uma das empresas participantes.
As experiências foram criadas especialmente para o mês da COP30, mas não se encerrarão com o fim do evento. O projeto foi pensado para permanecer ativo nos próximos anos, consolidando-se como um novo produto turístico sustentável da região.
A construção do programa é fruto da união entre Vivalá – Turismo Sustentável no Brasil, Cooperação Alemã, KFW, Governo do Estado do Pará, Fundação de Ação Social (FAS) e ASSOBIO. “Ser escolhido pela Assobio e Governo do Estado do Pará para produzir este programa foi uma grande honra para a gente e está diretamente ligada à nossa missão de aproximar as pessoas de experiências reais, conectando, na COP, tomadores de decisão com a realidade do dia a dia da Amazônia. Reserve sua vaga e conheça de perto a força da bioeconomia!”, destaca Daniel Cabrebra, cofundador e diretor-executivo da Vivalá.
Os roteiros foram desenhados para atender diferentes perfis e bolsos. Entre os destaques está o “Entre tradição e inovação na rota da bioeconomia”, um convite para explorar a Amazônia com calma e escuta. Outro é o “Raízes do Cumaru: a baunilha da Amazônia, da muda à mesa”, que revela a importância do cumaru para a floresta. Há ainda o “Alquimia Amazônica: a origem da cachaça com jambu”, passeio que leva o visitante da plantação à cachaçaria Meu Garoto, mostrando o processo artesanal por trás de um dos sabores mais marcantes do Norte.
“Entendemos que fazer visitas nos negócios é uma forma de aproximar e potencializar o público, seja consumindo produtos da sociobioeconomia, mas também fazendo vivências muito mais próximas da realidade, com as comunidades e nos negócios, vendo o impacto. É uma realidade aproximar o que está por trás, quem faz, a complexidade e o valor que a Amazônia tem. Com certeza as rotas são mais reais e mais profundas, porque tem a gente pertinho ali”, complementa Tainah Fagundes, conselheira da ASSOBIO e uma das lideranças do projeto.
Cada experiência em Belém inclui história, cultura, degustações e interações diretas com os anfitriões, muitas vezes os próprios fundadores dos empreendimentos locais. As atividades podem ser realizadas em grupos abertos ou de forma privativa, voltadas a empresas e delegações governamentais. Os roteiros podem ser conferidos no site www.vivala.com.br/rotas-da-sociobioeconomia.
A meta é manter as atividades ativas mesmo após a COP30. “Manter as rotas após a COP30 é garantir que o legado continue vivo. Esses caminhos fortalecem a economia local, valorizam quem produz na floresta e mostram que o desenvolvimento da Amazônia não é um evento, mas um compromisso permanente”, finaliza Mauro Valério.
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Jornalista pós-graduada em Comunicação Organizacional e especialista em Cultura, Arte e Entretenimento. Com ampla experiência em assessoria de imprensa para eventos, também compôs redações de vários veículos de comunicação. Já atuou como agente de viagens e agora se aventura no cinema como roteirista de animação.
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