Otorrinolaringologista indica formar corretas de usar o dispositivo
Os fones de ouvido se tornaram companheiros inseparáveis para muitos, seja no trabalho, em momentos de lazer ou durante a prática esportiva. No entanto, especialistas alertam que o uso inadequado desses dispositivos pode representar riscos sérios à audição e à saúde em geral. O principal perigo está na combinação de volume excessivo e exposição prolongada ao som.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 25% da população mundial pode sofrer algum grau de perda auditiva até 2050. Um dos fatores apontados para esse crescimento é justamente o uso inadequado de fones de ouvido. Um estudo publicado na revista “BMJ Global Health” em 2022 revelou que mais de 1 bilhão de jovens e adolescentes correm risco de danos auditivos devido ao uso excessivo desses dispositivos.
O volume acima do recomendado e o uso prolongado dos fones de ouvido aumentam as chances de danos irreversíveis à audição. Entre adultos de 31 a 90 anos, o uso é menos frequente: 23% utilizam o aparelho regularmente, 37,1% raramente, 27,1% de forma ocasional e 11,4% nunca recorrem ao acessório.
A médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta comenta sobre a principal causa da perda auditiva associada aos fones de ouvido: “O barulho excessivo é um dos responsáveis pelo aumento nos casos de perda auditiva entre pessoas de até 30 anos. Fatores genéticos e infecções sazonais respiratórias que podem acometer a orelha média”, explica a especialista.
Além da perda auditiva, o uso prolongado pode causar infecções no ouvido e aumentar a produção de cera. Quanto ao modelo, os fones supra-auriculares são mais indicados por bloquearem o som externo, permitindo um volume menor. Já os intra-auriculares devem ser evitados, pois estão mais próximos ao canal auditivo, aumentando o impacto da pressão sonora. “A curto prazo, o uso de fones de ouvido em alta intensidade pode ocasionar ansiedade, dores de cabeça, irritabilidade e falta de concentração. Já a longo prazo, essa exposição pode acometer as células auditivas de maneira irreversível, desencadeando perda auditiva permanente”, destaca a médica.
Além da perda auditiva, o uso frequente de fones de ouvido pode provocar tontura, vertigem e aumentar o risco de infecções no ouvido, como otite externa e otite média. O hábito também pode favorecer o crescimento de bactérias no canal auditivo. Outro efeito colateral comum é o desenvolvimento de zumbido no ouvido (tinnitus), um distúrbio que pode evoluir para hiperacusia, uma sensibilidade auditiva exagerada a sons do dia a dia.
Além disso, o uso excessivo pode impactar a capacidade de foco e concentração, uma vez que o cérebro passa a priorizar os sons emitidos pelos fones, prejudicando outras atividades cognitivas.
Para evitar problemas, a otorrinolaringologista Juliana Caixeta recomenda:
Receba as principais notícias diariamente em seu celular. Entre no canal de WhatsApp do portal Gazeta Culturismo clicando aqui.
Copyright © 2024 // Todos os direitos reservados.